Coren-BA celebra 50 anos com exposição histórica do Museu da Enfermagem e serviços itinerantes no HGE

05.08.2025

*Iniciativa integra as comemorações pelos 50 anos do Coren-BA e une cultura, memória e valorização profissional*.

O Conselho Regional de Enfermagem da Bahia (Coren-BA), em parceria com o Museu Nacional de Enfermagem (MuNEAN), realiza, nos dias 4, 5 e 6 de agosto, uma programação especial no Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador. A iniciativa integra as comemorações pelos 50 anos do Coren-BA e une cultura, memória e valorização profissional.

Entre os destaques da programação está a exposição Indumentárias do Cuidar, a mais conhecida do acervo do museu. A mostra apresenta peças originais de uniformes históricos da Enfermagem brasileira, promovendo uma imersão na identidade visual da profissão ao longo do tempo. A exposição já passou por instituições como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Coren-PE e Coren-PA, e agora chega ao HGE com o objetivo de aproximar a categoria e a sociedade da história da Enfermagem.

A exposição vem recebendo, em média, 100 visitantes por dia e será estendida a outros hospitais públicos e privados de Salvador, além de estações do metrô e centros comerciais da capital. A proposta é ampliar o alcance da mensagem e sensibilizar cada vez mais pessoas sobre a importância da valorização da Enfermagem e do cuidado em saúde.

Em paralelo à mostra, o Coren-BA promove o projeto Coren-BA Itinerante, ação que visa descentralizar e facilitar o acesso dos profissionais aos serviços oferecidos pela autarquia. Durante os três dias de evento, serão realizados atendimentos presenciais para renovação da carteira profissional, inscrição, atualização de dados cadastrais, transferência, inscrição remida, inscrição secundária e negociação de débitos.

Para o presidente do Coren-BA, Davi Apóstolo, essa iniciativa representa mais do que uma homenagem ao passado; é uma ação concreta de valorização dos profissionais que constroem diariamente a Enfermagem baiana. “Ao levarmos essa exposição para o HGE, destacamos não só a relevância histórica da profissão, mas também o compromisso do Conselho em estar presente nos espaços onde a Enfermagem atua com excelência”, afirmou.

O responsável pelo Museu Nacional de Enfermagem, Cláudio Porto, conta que a exposição Indumentárias do Cuidar tem cumprido um papel importante de educação patrimonial e valorização da Enfermagem. “A exposição ‘Indumentárias do Cuidar’ tem promovido o diálogo entre memória, cultura e identidade profissional. Exibi-la em um hospital do porte do HGE reforça a importância de reconhecer a trajetória da Enfermagem nos espaços de cuidado, permitindo que profissionais e usuários se reconectem com essa história viva”, explicou.

Exposições temporárias: Memória e Presente

Além do acervo permanente, o Museu Nacional de Enfermagem recebe diversas exposições temporárias. Em 2024, foram sete exposições, entre homenagens a profissionais como Iracy Costa, a enfermeira militar Jandira Meirelles, e o resgate da trajetória como enfermeira da ialorixá Mãe Stella, integrante da Academia Baiana de Letras.

*Exposição vem recebendo, em média, 100 visitantes por dia e será estendida a outros hospitais públicos e privados de Salvador*

Exposição fotográfica “Partejar” homenageou as parteiras tradicionais, atividade tida como uma das primeiras ocupações remuneradas de mulheres, estando na origem de profissões como enfermeiras obstétricas, obstetrizes e doulas. Já a “Variação: Outros Olhares da Bahia” reuniu olhares sobre cuidado, registrado na Baía de Todos os Santos, no entorno do museu.

A trajetória do Conselhos de Enfermagem, é claro, também está presente no Museu. A exposição audiovisual 50 anos do Cofen narrou a trajetória de implantação do Conselho Federal de Enfermagem e dos Conselhos Regionais.

O museu, mantido pelo Cofen, integra o circuito cultural de Saúde, parceria estabelecida entre o MuNEAN, o Memorial de Medicina e o Museu da Santa Casa de Misericórdia. A parceria contempla o intercâmbio de peças entre as partes na construção das narrativas, assim como as visitas compartilhadas. “Somos um espaço em diálogo com o local e o nacional”, resume Cláudio Porto.